O Golpe Militar de 1964 ocorreu por conta de acontecimentos
sociais e políticos anteriores.
Na era de Dom Pedro II, os militares estavam insatisfeitos
com as condições de que Forças Armadas Brasileira era administradas. Com o fim
da Guerra do Paraguai, em 1870, os militares integraram em um grupo republicado
e foram responsáveis pela queda do antigo regime monárquico, após perceberem
que na America Latina eram os únicos grupos de militarem sem prestigio social e
político. Os dois primeiros presidentes republicanos foram militares.
Em 1920, ocorreu uma nova contestação politica militar, o
Tenentismo. Esse movimento serviu para colocar os militares novamente na cena
politica do país e foi um dos fatores republicanos que promoveu a capacidade
dos militares impulsionar o golpe posteriormente. Em 1955, o governo de
Juscelino Kubitschek foi atacado várias vezes com a tentativa de golpe; mas foi
no governo de João Goulart, em 1964, que realmente ocorreu.
Em 1954, com o fim do governo de Getúlio Vargas, a politica
brasileira estava muito instável e a crise fragmentava os destinos da nação. Os
militares defendiam a entrada de dinheiro estrangeiro em território nacional;
eles arquitetaram um golpe, mas não foi bem sucedido, e assumiu o presidente
J.K. O governo de Juscelino foi bem aceito pela população e teve forças para
chegar ao fim do mandato.
Com o fim do governo de Kubitschek, Jânio Quadros assumiu a
presidência com grande maioria dos votos. Em 1961, renunciou a presidência,
esperando que sua renuncia não fosse aceita pela população, entretanto,
assumindo o seu vice João Goulart.
João Goulart, conhecido popularmente como Jango, tinha
fortes identificações com Getúlio Vargas, o que causava desagrado na política
de direita. Ele era considerado um político de esquerda, e quando Jânio
renunciou, João Goulart estava na China
comunista. Os políticos de direita fizeram de tudo para impedir que João
assumisse, mas Leonel Brizola deu o sustento necessário para a volta do vice
para o Brasil e assumisse o cargo.
O governo de Jango apresentava Reformas de Base, e a reforma
mais impactante apresentada foi a Reforma Agrária. A solução apresentada para que
o governo de Jango não se instalasse foi a introdução de parlamentarismo no
Brasil, assim as decisões seriam tomadas pelo Primeiro Ministro. Os três
primeiros ministros foram Tancredo Neves, Francisco de Paula Brochado da
Rocha e Hermes Lima.
Em 1962, foi efetuado um plebiscito onde a população
escolheria entre presidencialismo e parlamentarismo. Com a vitória do
presidencialismo, João tentou governar do jeito que havia proposto, mas houve
um desarranjo na situação brasileira: aumento da inflação, medidas econômicas causaram
dessagrados políticos.
O presidente Jango e seus aliados criaram políticas que
desagradaram os conservadores de direita. Leonel Brizola criou o “grupo dos
onze”, o qual fiscalizava os parlamentares e militares, além de pressionar o Congresso
para a instalação das Reformas de Base.
As contestações só cresciam, e a imprensa iniciava uma
campanha contra a ideologia radical de Jango, alegando que tais decisões levariam
a um regime comunista.
Em 13 de março de 1964, João Goulart e Leonel Brizola fizeram
um discurso na Central do Brasil no Rio de Janeiro. Nesse discurso, eles anunciavam as reformas
de base, um novo plebiscito para aprovar uma nova constituição e a
nacionalização das refinarias estrangerias de petróleo. Os militares sabiam
sobre o apoio popular sobre o projeto, então se aliaram aos políticos a UDN
(união democrática nacional) e ao governo norte-americano para deflagrar o
golpe. A igreja católica iniciou o apoio contra o governo com a Marcha da Família
com Deus pela Liberdade, como uma tentativa de legitimar o golpe militar. Os
militares permaneceram no poder durante 1964 até 1985.
Sete Tons de Rosa: Alana Rhenns, Bárbara Gonzalez, Fernanda Sanz, Gabriela Zapparoli, Katharine Prytulak, Luiza Secco, Thaís Barros
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