Quando
o golpe aconteceu, a maioria das pessoas acreditava que aquela situação seria
passageira. Assim, quando a população acordou os militares já estavam no poder
e criando os Atos Institucionais. Com esses Atos chegaram também às
perseguições e torturas. Todos eles afetaram a população brasileira, porém o
AI-5 foi o mais desumano deixando sequelas físicas e psicológicas na sociedade.
Houve repressão policial, exílios políticos,
estabelecimento de legislação autoritária, com supressão dos direitos civis,
uso da máquina estatal em favor da propaganda institucional e política,
manipulação da opinião pública através de institutos de propaganda
governamental e empresas privadas que se beneficiaram do golpe, tais como a
Rede Globo que, com o apoio do governo, tornou-se uma emissora nacional e fazia
a livre propaganda da ditadura militar, enfatizando o avanço econômico.
Em 1984, políticos
de oposição, artistas, jogadores de futebol e milhares de brasileiros
participaram do movimento das Diretas Já, que foi um movimento civil de
reivindicação por eleições presidenciais diretas no Brasil ocorrido em
1983-1984, uma possibilidade de eleições para a Presidência da Republica no
Brasil se concretizava com a votação proposta da Emenda Constitucional Dante de
Oliveira pelo Congresso. Entretanto, a proposta foi rejeitada, frustrando a
população. Ainda assim, esse movimento conquistou uma vitória parcial quando
Tancredo Neves, que fazia parte da Aliança Democrática (grupo de oposição
formado pelo PMDB e pela Frente Liberal), foi eleito presidente pelo Colégio
Eleitoral. Era o fim do regime
militar. Porém Tancredo Neves fica doente antes de assumir e acaba falecendo.
Assume o vice-presidente José Sarney. Em 1988 é aprovada uma nova constituição
para o Brasil. A Constituição de 1988 estabeleceu princípios democráticos no
país.
Já se passaram 29 anos desde o final
da Ditadura, porém até hoje ainda existe consequências, tais como: A institucionalização da tortura e das violações
dos Direitos Humanos; Corrupção generalizada; Incompetência e ineficiência
administrativa (nunca conseguiram terminar obras como o Projeto Nuclear, a
Ferrovia do Aço e a Transamazônica); Aumento brutal da concentração de renda e
das desigualdades sociais; Processo de urbanização caótico e desorganizado,
gerando metrópoles que massacram os seus habitantes, sem nenhuma qualidade de
vida; Criminalização e repressão indiscriminada contra os movimentos sociais
que lutavam por um país mais justo; Aumento da Dívida Externa e da dependência
do país em relação ao capital externo; Arrocho salarial, que resultou numa
diminuição de 45% no poder da compra do salário mínimo e torturas, assassinatos
e desaparecimento de milhares de pessoas, incluindo operários, camponeses,
intelectuais, estudantes, que até hoje suas famílias não se sabem o motivo.
Os presidentes que vieram após a
ditadura foram um professor exilado depois do golpe, Fernando Henrique Cardoso,
um líder operário preso na ditadura, Luiz Inácio Lula da Silva e uma
ex-guerrilheira presa e tortura, Dilma Rousseff. Com a chegada dessas pessoas
ao poder demonstra que a transição do país para democracia foi bem sucedida,
porém foi incapaz de pacificar as controvérsias provocadas pelo golpe e pela
ditadura.
Os crimes ocorridos
nessa época são tratados até hoje como tabu nas Forças Armadas. O governo dos
generais modernizou a economia e teve apoio popular nos seus primeiros anos,
mas muita gente aceita, mesmo não gostando, a ideia de que isso tenha ocorrido.
Meio século depois, a memória desse tempo ainda incomoda o país.
Fontes:
Gabriel Pestana, Helena Bernardes, Isabela Messias, Jessika Fortes, Marcella Tavares e Victória Naef.
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