As grandes obras do período militar
Durante
o período militar, foram realizadas grandes obras de infraestrutura no Brasil.
Incentivadas pelo Plano Nacional de Desenvolvimento (PND), que previa a ampla
industrialização nacional, e futuramente ajudou a enfrentar a nova realidade
mundial com o choque do petróleo.
Iniciando
com a construção da ponte Rio-Niterói a
mais longa ponte do hemisfério sul, e a 13ª no mundo, concluída no ano de 1969, 5
anos após a tomada do poder. A era das grandes obras no brasil, obras
conhecidas como faraônicas pela grandiosidade. Obras essas financiadas com
capital estrangeiro causaram também grande dívida externa.
A
grande hidrelétrica de Itaipu, maior geradora de energia do mundo, à
frente da chinesa Três
Gargantas, por exemplo, terá seu financiamento concluído apenas em 2023. Os
militares levantaram grandes hidrelétrica além de Itaipu, como Tucuruí,
Ilha Solteira e Jupiá.
Hidrelétrica de Itaipu
Em 1967, foi iniciado o projeto de construção dos polos nucleares
de Angra 1, 2 e 3. Diversificando a
matriz energética. Angra 3 só foi concluída em 2008 com o custo de R$10
bilhões. As usinas nucleares ainda contam com a tecnologia implantada na década
de 80.
A rodovia Transamazônica tem 4 223 km e foi feita para levar 4
milhões de nordestinos que sofriam com o flagelo da seca a ocupar áreas pouco
povoadas do Norte do país. O presidente Médici, em 1974, cunhou até uma frase
de efeito para a missão da estrada: “Levar homens sem terra para uma terra sem
homens”. Os danos
ecológicos e sociais foram incalculáveis, grandes obras geram grandes danos por
mais estudados e prevenidos que sejam. A rodovia atravessa
sete estados, três ecossistemas (caatinga, cerrado e floresta) e custou a vida
de 8 mil índios, segundo a Comissão Nacional da Verdade (CNV). Junto com a
estrada também vieram as disputas agrárias e ciclos econômicos de exploração irracional
de recursos naturais. Sem um estudo de viabilidade econômica, a maioria dos
colonos desistiu de se fixar na região. “A Transamazônica foi um erro produzido
pela ignorância de imaginar que a Amazônia fosse um território rico”, diz
Delfim Netto. O projeto original previa a fronteira com o Peru como ponto
final. O último trecho nunca foi construído. E atualmente a rodovia está em
condições precárias e é pouco utilizada. Para Marcos Napolitano, “a propaganda
para legitimar essas obras era eficiente, mas nunca houve preocupação ecológica
nem com condições de trabalho. As decisões eram pouco transparentes e tomadas
pelos conselhos de Estado, a população só era informada”. O ex-ministro Delfim
Netto discorda do acadêmico em alguns pontos. “Nunca houve intervenção militar
na administração pública, que era totalmente civil.”
Rodovia
transamazônica atualmente.
Em
1979, começou a implantação das redes de metrô
nas grandes capitais e ampliação da malha rodoviária asfaltada
de 3 mil para 45 mil quilômetros. Além da ampliação da capacidade da indústria siderúrgica com o projeto Grande Carajás.
O
governo militar também fez obras de incentivo ao esporte, como a construção de
vários estádio de futebol como o Estádio Gov.
Plácido Castelo (Castelão) – CE e Estádio Mané Garrincha – DF, no total foram
construídos 13 estádios de futebol durante o período.
Estádio rei Pelé –inaugurado em 1970
O fim da construção
das grandes obras se deu nos anos 80 pela escassez de recursos, estagnação
econômica gerando a paralisação de obras.
Novilhos:
Tiago Rocha
Thales Platon
Lucas Ibelli
Michel Moreira
Luiza Beck
Jullia Pontes
Thiago Cristofolini
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