sexta-feira, 18 de abril de 2014

Como o Golpe Militar Aconteceu

        O Golpe Militar de 1964 ocorreu por conta de acontecimentos sociais e políticos anteriores.
Na era de Dom Pedro II, os militares estavam insatisfeitos com as condições de que Forças Armadas Brasileira era administradas. Com o fim da Guerra do Paraguai, em 1870, os militares integraram em um grupo republicado e foram responsáveis pela queda do antigo regime monárquico, após perceberem que na America Latina eram os únicos grupos de militarem sem prestigio social e político. Os dois primeiros presidentes republicanos foram militares.
      Em 1920, ocorreu uma nova contestação politica militar, o Tenentismo. Esse movimento serviu para colocar os militares novamente na cena politica do país e foi um dos fatores republicanos que promoveu a capacidade dos militares impulsionar o golpe posteriormente. Em 1955, o governo de Juscelino Kubitschek foi atacado várias vezes com a tentativa de golpe; mas foi no governo de João Goulart, em 1964, que realmente ocorreu.
       Em 1954, com o fim do governo de Getúlio Vargas, a politica brasileira estava muito instável e a crise fragmentava os destinos da nação. Os militares defendiam a entrada de dinheiro estrangeiro em território nacional; eles arquitetaram um golpe, mas não foi bem sucedido, e assumiu o presidente J.K. O governo de Juscelino foi bem aceito pela população e teve forças para chegar ao fim do mandato.
       Com o fim do governo de Kubitschek, Jânio Quadros assumiu a presidência com grande maioria dos votos. Em 1961, renunciou a presidência, esperando que sua renuncia não fosse aceita pela população, entretanto, assumindo o seu vice João Goulart.
       João Goulart, conhecido popularmente como Jango, tinha fortes identificações com Getúlio Vargas, o que causava desagrado na política de direita. Ele era considerado um político de esquerda, e quando Jânio renunciou,  João Goulart estava na China comunista. Os políticos de direita fizeram de tudo para impedir que João assumisse, mas Leonel Brizola deu o sustento necessário para a volta do vice para o Brasil e assumisse o cargo.
        O governo de Jango apresentava Reformas de Base, e a reforma mais impactante apresentada foi a Reforma Agrária. A solução apresentada para que o governo de Jango não se instalasse foi a introdução de parlamentarismo no Brasil, assim as decisões seriam tomadas pelo Primeiro Ministro. Os três primeiros ministros foram Tancredo Neves, Francisco de Paula Brochado da Rocha e Hermes Lima.
       Em 1962, foi efetuado um plebiscito onde a população escolheria entre presidencialismo e parlamentarismo. Com a vitória do presidencialismo, João tentou governar do jeito que havia proposto, mas houve um desarranjo na situação brasileira: aumento da inflação, medidas econômicas causaram dessagrados políticos.
        O presidente Jango e seus aliados criaram políticas que desagradaram os conservadores de direita. Leonel Brizola criou o “grupo dos onze”, o qual fiscalizava os parlamentares e militares, além de pressionar o Congresso para a instalação das Reformas de Base.
        As contestações só cresciam, e a imprensa iniciava uma campanha contra a ideologia radical de Jango, alegando que tais decisões levariam a um regime comunista.

        Em 13 de março de 1964, João Goulart e Leonel Brizola fizeram um discurso na Central do Brasil no Rio de Janeiro.  Nesse discurso, eles anunciavam as reformas de base, um novo plebiscito para aprovar uma nova constituição e a nacionalização das refinarias estrangerias de petróleo. Os militares sabiam sobre o apoio popular sobre o projeto, então se aliaram aos políticos a UDN (união democrática nacional) e ao governo norte-americano para deflagrar o golpe. A igreja católica iniciou o apoio contra o governo com a Marcha da Família com Deus pela Liberdade, como uma tentativa de legitimar o golpe militar. Os militares permaneceram no poder durante 1964 até 1985.


Sete Tons de Rosa: Alana Rhenns, Bárbara Gonzalez,  Fernanda Sanz, Gabriela Zapparoli, Katharine Prytulak, Luiza Secco, Thaís Barros

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