segunda-feira, 9 de junho de 2014

Dossiê: Sequestro do embaixador norte-americano

Cid Benjamin, participante do sequestro do embaixador norte-americano dá sua decaração sobre o período horrível que vivenciou durante o regime militar.
Link para ver a entrevista: https://www.youtube.com/watch?v=SHpyAZOJleM

Dossiê: Guerrilha de Caparaó

A Guerrilha do Caparaó foi um grande movimento armado contra o regime militar no Brasil.

Foi a primeira de poucas das guerrilhas armadas montadas no Brasil, tinha não mais do que 20 homens, quase todos ex-militares. Criada dois anos após o golpe de 1964, foi articulada pelo Movimento Nacionalista Revolucionário (MNR), grupo de contestação ao regime originado no Uruguai, por meio do político brasileiro Leone Brizola, então exilado no Uruguai.

Brizola tentou estabelecer um foco na Serra do Caparaó, na divisa entre Espírito Santo e Minas Gerais, como tentativa de recriar uma guerrilha cubana, que a partir de um grupo pequeno bem articulado promoveu uma revolução. Inicialmente a guerrilha era financiada peo governo cubano, porém, com a suspensão do auxílio os integrantes começaram a passar por grandes dificuldades. Foi necessário começar a roubar e abater animais para alimentação, chamando a atenção da polícia.

Os serviços de inteligência do governo começaram a investigar a fundo o movimento e no dia 1° de abril de 1967, a polícia militar de Minas Gerais organizou uma emboscada para capturar os guerrilheiros. Quando o governo decidiu brasileiro agiu, os guerrilheiros já estavam em posição desfavorável e quase não foi preciso disparar nenhum tiro, os vinte guerrilheiros foram aprisionados facilmente.

Com o fim da guerrilha, as forças armadas brasileira tentou fazer com que os guerrilheiros fossem vistos como criminosos comuns e desqualificaram-os como revolucionários. 

A Guerrilha do Caparaó acabou antes mesmo de ser efetivada. Os guerrilheiros permaneceram por meses treinando, financiados pelo governo cubano, mas com as dificuldades que vinham enfrentando assustou a população, que denunciou o movimento ocorrido entre 1966 e 1967.

Fontes: http://www.ufjf.br/lahes/files/2010/03/c1-a57.pdf
http://www.revistadehistoria.com.br/secao/livros/caparao-a-primeira-guerrilha-contra-a-ditadura


Resistência Democrática - Dossiê

Durante o período da Ditadura Militar, muitos cidadãos e trabalhadores tomaram uma atitude para acabar com o regime autoritário. Muito se ouve falar sobre a resistência armada dos chamados “guerrilheiros”, mas o que poucos conhecem é a resistência democrática ou pacífica. Esse tipo de oposição se mostra muito importante pois permite a participação de pessoas que gostariam de se manifestar de uma forma não violenta e agressiva. Se por um lado a resistência armada entrava em confronto direto com o governo, a resistência pacífica e democrática mostrava a insatisfação das pessoas.
Foi o modo que a população achou de tentar acabar com a então atual situação do país. Entre eles podemos citar jornalistas, partidos e operários que sem pegar em armas procuraram melhorar o governo.

A OAB, por exemplo, teve um importante papel na resistência democrática, já que denunciava e julgava casos de tortura no país. Durante este período, em que a violência transformou os direitos humanos em uma realidade distante e a garantia aos direitos civis e políticos foram administrados de maneira a sufocar qualquer posicionamento contrário à força dominante, foi da advocacia brasileira que se ouviu algumas das vozes de maior resistência à intolerância e ao autoritarismo. Foi Raymundo Faoro, então presidente nacional da OAB, quem transformou a entidade em um "foco de resistência pacífica" ao regime, denunciando casos de tortura e pedindo a retomada do Estado democrático.

Além dos grandes órgãos políticos, os jornalistas também fizeram sua parte em quesito a divulgação de violação dos direitos humanos, torturas e o autoritarismo no governo brasileiro. Muitas foram as conseqüências desses atos, como podemos citar o jornalista Carlos Lacerda, que por fazer fortes criticas e denuncias do governo acabou sendo seqüestrado, torturado e morto pelos militares. O também jornalista Vladimir Herzog tornou-se ele mesmo uma prova da tortura quando, após sua morte, houve a divulgação de uma foto que supostamente demonstraria seu suícidio por enforcamento – porém, a foto o mostrava com os joelhos encostados no chão, o que mostrava que a teoria do suícidio tinha sido uma mentira por parte dos militares.

Há quem diga que a população em si não fez muito sobre isso, mas podemos citar a participação dos operários depois de 1968, quando houve as greves no ABC paulista. Esses operários e trabalhadores de empresas reivindicavam maiores salários e também o fim do regime autoritário, influenciados na época pelos movimentos estudantis. Mais tarde, em 1978, uma manifestação que contou com mais de 3000 metalúrgicos reivindicou também maiores salários. Casos como esses mostram a população gradativamente percebendo as terríveis condições do país, e começando a se mobilizar por seus direitos.


Vários partidos opositores ao governo militar também tiveram parte na resistência democrática. O PCB (Partido Comunista Brasileiro) foi um dos que se manteve desde o inicio contra o governo, e embora algumas partes do partido tenham se dissociado para formar grupos de guerrilha, tentou se manter até o fim como pacífico.

Heloisa Camargo e Giuliana Ronchetti

Ditadura no contexto da guerra fria

           Ditadura no contexto da guerra fria



Quando pensamos em ditadura, o que logo vem em nossas cabeças são imagens de violência, abuso de poder e protestos, relatos de torturas desumanas, falta de liberdade civil e política, e em nossos corações um sentimento de tristeza por imaginar que seres humanos foram capazes de tamanhas atrocidades e que colhemos os frutos amargos desse período até os dias de hoje.
Porém, o que pouco se é questionado é de onde surgiu esse regime? Quais foram os motivos que levaram os militares a aplicar um golpe de estado? Para responder essa pergunta corretamente, devemos ir a fundo e analisar todo o contexto político daquele momento histórico tanto dentro e, principalmente, fora do Brasil.
 Para chegarmos a respostas satisfatórias sobre as questões apresentadas acima, é necessário um estudo muito aprofundado sobre diversos temas. À vista disso, falarei apenas sobre um aspecto muito importante desse quebra cabeças, a ditadura no contexto da guerra fria.


No ano de 1964, o mundo estava dividido entre dois blocos que eram liderados pelas maiores potências da época, Estados Unidos (capitalista) e União Soviética (socialista). Essa divisão gerou uma intensa rivalidade, o que deixou o mundo na iminência de uma guerra.
O combate parecia inevitável. Só necessitava de uma faísca para o planeta explodir em uma terrível batalha de proporções nunca antes vistas. E, se uma guerra se aproximava, era necessário ter aliados.
Assim sendo, a URRS tinha como principal objetivo expandir sua área de influência do Leste Europeu para o resto do mundo e os EUA de impedir essa expansão. 
Sem um combate armado direto, as duas potências duelavam em vários aspectos para mostrar ao mundo que o seu sistema era o mais eficaz. Entre essas disputas ficaram marcados: os jogos olímpicos e a corrida espacial.
Durante a Guerra Fria, não houve um embate direto entre os principais envolvidos, porém muitos conflitos surgiram nos continentes adjacentes, culminando em guerras civis e regimes ditatoriais financiados pelas superpotências. É nesse cenário que o Brasil se encaixa.
Com as reformas de base propostas pelo presidente João Goulart e as cada vez mais próximas relações com os países socialistas deixaram evidente, pelo
menos para os Estados Unidos, que uma revolução comunista no país era só uma questão de tempo. Após as revoluções cubana e coreana e a guerra que separou as Coreias, não era admissível perder mais territórios, principalmente um das dimensões de nosso país.
Com isso, os norte-americanos orquestraram juntamente com o exército brasileiro o golpe de 64 e deram apoio e sustentação para que esse governo durasse 21 anos, até a Guerra Fria estar praticamente encerrada.

João Vitor Martins n 16

A utilização das torturas na Ditadura Militar brasileira de 64


A tortura começou a ser utilizada amplamente em 1968, um dos períodos mais duros da ditadura militar. Foi “implantada” para, principalmente,  obter informações  dos opositores. Auxiliados por militares americanos, policiais e militares invadiam casas, agrediam e sequestravam pessoas. E tudo ficaria ainda pior ao chegarem nas delegacias ou bases militares, as quais possuíam salas de interrogatório para a execução das torturas. As salas eram feitas de material isolante, para que os gritos não pudessem ser ouvidos. "Os relatos indicam que os suplícios eram duradouros. Prolongavam-se por horas, eram praticados por diversas pessoas e se repetiam por dias", afirma a juíza Kenarik Boujikain Felippe, da Associação Juízes para a Democracia, em São Paulo.

A pratica das torturas só iria ser revistas em 1974, quando Ernesto Geisel (Presidente do Brasil na época) decidiu tomar medidas para a diminuição da pratica das torturas, afastando diversos militares de seus cargos.

Segundo pesquisas feitas foram mais de 100 tipos de torturas utilizadas durante toda a Ditadura Militar Brasileira, entre todas elas, as principais seriam:

 

Cadeira do dragão

Nessa espécie de cadeira elétrica, os presos sentavam pelados numa cadeira revestida de zinco ligada a terminais elétricos. Quando o aparelho era ligado na eletricidade, o zinco transmitia choques a todo o corpo. Muitas vezes, os torturadores enfiavam na cabeça da vítima um balde de metal, onde também eram aplicados choques

Pau-de-arara

É uma das mais antigas formas de tortura usadas no Brasil - já existia nos tempos da escravidão. Com uma barra de ferro atravessada entre os punhos e os joelhos, o preso ficava pelado, amarrado e pendurado a cerca de 20 centímetros do chão. Nessa posição que causa dores atrozes no corpo, o preso sofria com choques, pancadas e queimaduras com cigarros.

Choques elétricos

As máquinas usadas nessa tortura eram chamadas de "pimentinha" ou "maricota". Elas geravam choques que aumentavam quando a manivela era girada rapidamente pelo torturador. A descarga elétrica causava queimaduras e convulsões - muitas vezes, seu efeito fazia o preso morder violentamente a própria língua.

Espancamentos

Vários tipos de agressões físicas eram combinados às outras formas de tortura. Um dos mais cruéis era o popular "telefone". Com as duas mãos em forma de concha, o torturador dava tapas ao mesmo tempo contra os dois ouvidos do preso. A técnica era tão brutal que podia romper os tímpanos do acusado e provocar surdez permanente.

Soro da verdade

O tal soro é o pentotal sódico, uma droga injetável que provoca na vítima um estado de sonolência e reduz as barreiras inibitórias. Sob seu efeito, a pessoa poderia falar coisas que normalmente não contaria - daí o nome "soro da verdade" e seu uso na busca de informações dos presos. Mas seu efeito é pouco confiável e a droga pode até matar.

Afogamentos

Os torturadores fechavam as narinas do preso e colocavam uma mangueira ou um tubo de borracha dentro da boca do acusado para obrigá-lo a engolir água. Outro método era mergulhar a cabeça do torturado num balde, tanque ou tambor cheio de água, forçando sua nuca para baixo até o limite do afogamento.

Geladeira

Os presos ficavam pelados numa cela baixa e pequena, que os impedia de ficar de pé. Depois, os torturadores alternavam um sistema de refrigeração superfrio e um sistema de aquecimento que produzia calor insuportável, enquanto alto-falantes emitiam sons irritantes. Os presos ficavam na "geladeira" por vários dias, sem água ou comida.

Thiago Ovalle n 36
 

Torturas no Regime Militar

Torturas no Regime Militar

As torturas, durante o período de 1964 a 1985, eram realizadas com muitos choques e pancadarias. A partir de 1968, começou a ser amplamente utilizada, para conseguir confissões das pessoas envolvidas na militância contra o governo militar. Apesar disso, nenhum torturador foi punido, pois o Congresso Nacional aprovou, em 1979, a Lei da Anistia. Com ela, as pessoas envolvidas em crimes políticos seriam perdoadas pela justiça, inclusive os torturadores.

No início do regime, os militares realizaram uma operação para verificar os suspeitos que estivessem ligados ao antigo governo ou a algum tipo de subversão. Foram tantas pessoas presas, que os presídios que existiam não foram suficientes. Com o AI-5 (
Ato Institucional Nº 5), os jornais passaram a ser mais censurados e com a falta de divulgação da violência, os fatos de tortura tornaram-se cotidianos.

Em 1969, a tortura teve seu período mais difícil no país. As guerrilhas estavam com grande atuação e ocorriam muitos assaltos a banco e, com isso, a repressão se tornou mais forte. Nessa época, foram criados processos para esconder as atitudes dos militares. As mais diversas formas de tortura eram praticadas e isso provocou uma onda de suicídios. Elas eram tão violentas e marcantes, que o preso não desejava mais viver. O suicídio também foi utilizado pelos militares para justificar mortes de prisioneiros nos quartéis e presídios.

Além disso, crianças sofreram torturas e o regime também foi responsável por centenas de abortos que ocorreram em mulheres.

Tipos de Torturas:

1-Cadeira do Dragão
Era uma cadeira eletrizada e revestida de zinco que possuía eletricidade. Os presos eram obrigados a sentar nela nus, e quando a eletricidade era ligada, eles levavam choques por todo o corpo. Em alguns casos, eles tinham sua cabeça enfiada em um balde de metal e também levavam choques.
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2-Pau-de-Arara
Esse tipo de tortura já havia sido usada durante a escravidão. Nela, o preso era amarrado e pendurado em uma barra de ferro, que ficava entre os punhos e os joelhos. Nessa posição, eles ficavam nus e levavam choques, queimaduras e socos.
https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjMQU1ScYdhaPtB5jwgLrYj3GaM1m8XjmZHSdiP08xvXbA5jgBq2YCQgIlOrQaMj1a4GfzgmKNIcGT-axilXMQefyOLSkKfIGyt4Me3widuvHp6GIgeawUM8T30oJGtSEnHPkBQ8vpMOzM/


3-Choques Elétricos
Eram utilizadas máquinas que geravam choques, podendo ser de maior intensidade caso o torturador quisesse. Eram choques fortes que causavam queimaduras e convulsões.
https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEirx0f4yxarqwxfHtACwBLa-wsXni3LPUlQHLqMceEdDUXvRmrbo1rp6em1sB_-D9AG0mql3zNDOjC91iCLqR9y72ZPnKEmygcsRjD0fzEYs-7G5YRpAOLvlp6uJxKBk7nQBE9UezlqqZc/





4-Espancamentos
Os espancamentos eram utilizados em conjunto com outros tipos de tortura. Um tipo comum, utilizado naquela época, era o chamado 'telefone', quando o preso recebia tapas nos dois ouvidos ao mesmo tempo. Isso era tão forte que poderia romper os tímpanos, causar labirintite e provocar a surdez.

 http://www.primeiralinha.org/imagens3/britan-tortura4.jpg

5-Cama Cirúrgica
O preso era esticado em uma cama e isso causava rompimento dos nervos. Na cama, também eram cometidos outros tipos de torturas, como arrancar todas as unhas.

6-Afogamentos
No Afogamento, os torturadores fechavam as narinas do preso e colocavam uma mangueira, toalha molhada ou tubo de borracha dentro da boca do acusado para obrigá-lo a engolir água. Outro método era mergulhar a cabeça do torturado num balde, tanque ou tambor cheio de água (ou até fezes), forçando sua nuca para baixo até o limite do afogamento.

http://correiodobrasil.com.br/wp-content/uploads/2011/05/tortura-300x167.jpg










7-Soro da Verdade
Esse soro era composto de pentotal sódico e era uma droga psicoativa que deixava a vítima em estado sonolento e com redução das barreiras inibitórias. Ele causava um efeito que fazia com que as pessoas passassem informações que não contariam se estivessem bem. O soro era utilizado para que os presos contassem suas participações em grupos de oposição à Ditadura Militar. É uma droga considerada perigosa que poderia causar a morte.

 http://img.historiadigital.org/2011/08/Tortura-Produtos-Quimicos.jpg

8-Geladeira
Deixavam os presos nus e eram colocados em uma cela pequena, impossibilitando que eles ficassem em pé. Era alternada a refrigeração do local, que ficava entre muito frio e um calor insuportável. Muitas vezes, eles tinham que ficar nesse local por dias sem água ou comida.

Carrasco com porrete olhando para prisioneiro



9-Arrastamento pela viatura
A vítima era amarrada no carro e era arrastada diversas vezes. Isso fazia com que ele sofresse diversas escoriações pelo corpo. Além disso, era obrigado a inalar o gás que saía pelo escapamento da viatura.

10-Coroa-de-Cristo ou Capacete

Era utilizado um anel metálico que tinha um mecanismo para diminuir seu tamanho, esmagando o crânio da vítima.
http://i0.statig.com.br/fw/19/jx/mo/19jxmoabfvvrok519bda6dma9.jpg

11-Pimentinha
Pimentinha era uma máquina que era constituída de uma caixa de madeira que, no seu interior, tinha um ímã permanente, no campo do qual girava um rotor combinado, de cujos termi­nais uma escova recolhia corrente elétrica que era conduzida através de fios. Essa máquina dava choques em torno de 100 volts no acusado.
https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh4an6i4pa87aNkcY-LFHNZnFJtAItSTiJymIuSNU7FzEKJgB6ht0nC2Del-yT1PNR4GYRIaYsVPu1RMm3PPXFwoJIEG5jqlXUfu7QhaTVVOqcUUCH2ZY1ovCs6xzxiFsUunKPppLnr2BQ/

12-Tortura Psicológica
De certa forma, falar de Tortura Psicológica é redundância, considerando que toda o tipo de tortura deixa marcas emocionais que podem durar a vida inteira. Porém, haviam formas de tortura que tinha o objetivo específico de provocar o medo, como ameaças e perseguições que geravam duplo efeito: fazer a vítima calar ou delatar conhecidos.

https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhqsVaz8nHGvzK13YYf53jSGUdyf3NZiIbA5Nki2Uk7MV0hh3YPo8HQ8M761AxHSyc9SiIbQIrSrwr-8TE8CZLEhIwRWRdrLXeaDFXYnGYYVJMtdLyB3cR9QE9lh06OGvGK2R9BpD0DVSw/

Jullia Pontes 
Lucas Ibelli
Luiza Beck
Michel Durante
Thales Platon
Thiago Cristofolini
Tiago Rocha 

Reação e Adaptação da sociedade na época da ditadura militar

Reação e Adaptação da sociedade na época da ditadura militar
Quase ninguém quer se identificar com a Ditadura Militar no Brasil nos dias de hoje. Sobre o período a memória adquiriu uma arquitetura simplificada: de um lado, a ditadura, o reino da exceção, os chamados anos de chumbo. De outro lado, a nova república, regida pela Lei, a sociedade democrática. Embora tenha desaparecido gradualmente, em ordem e paz, a ditadura militar foi e tem sido objeto de escárnio, de desprezo, ou de indiferença, estabelecendo-se uma ruptura drástica entre o passado e o presente, quando não o silêncio e o esquecimento de um processo, contudo, tão recente, e tão importante, de nossa história.

A ditadura, a grosso modo, produziu rupturas e desencadeou significativas alterações estruturais. Altas taxas de crescimento, expansão do produto industrial, ampliação da malha viária, mudanças na estrutura do emprego, fortalecimento do monopólio estatal na infraestrutura de serviços básicos, nas áreas das telecomunicações, energia elétrica, combustíveis. Em decorrência, patrocinou uma acelerada urbanização que provocou, em curto espaço de tempo, um imenso deslocamento de massas humanas, de uma ordem de grandeza pouco comum nos períodos normais da história.

Reproduziu-se de forma ampliada o domínio oligárquico e, com ele, o agravamento de todos os nossos grandes problemas sociais. A modernização autoritária provocou uma metamorfose que acentuou, ampliando o seu grau de complexidade, o quebra-cabeças de peças desencontradas da política brasileira.  Muitas estruturas empresariais e aparatos de poder, que estiveram no cerne da modernização autoritária e sobreviveram a ela, adquiriram feição madura no contexto da colaboração estreita com o regime militar. Depois, conseguiram transitar para o período pós-ditatorial apagando as marcas mais evidentes deste pecado original.
 Tais estruturas seguem atuantes em várias áreas. Nos anéis tecno-burocráticos que constituem as alavancas de poder político com os pontos fortes do poder privado, nas grandes empreiteiras, no agronegócio, no sistema financeiro, na indústria cultural de massas, nas forças armadas, nas polícias que utilizavam das armas para conter o povo.
A vitalidade do princípio-esperança

A cidadania, afastada do grande debate político e impedida da livre manifestação de seus anseios, se viu obrigada a retroceder até os limites mais elementares do tecido societário. Esse recuo compulsório terminou por se constituir em espaço de muitas descobertas. Nele, a sociedade civil desarticulada e “gelatinosa” se percebe como reverso do autoritarismo. A partir deste ponto, começa um processo no qual se resgata o sentido da construção de instrumentos de autoafirmação de uma sociedade civil renovada.

Dotados de alto poder de contágio, o pluralismo, a transparência e a autonomia com relação ao Estado e aos partidos políticos, todos em choque aberto, não apenas com o concreto da ditadura e também o duro autoritarismo foram elementos presentes na época.

Os novos agentes sociais subversivos, aos poucos, passaram da negação e resistência para o impulso positivo que projetou sua influência sobre o conjunto das práticas políticas.  O sindicalismo, por certo tempo, se renovou a partir das comissões de fábrica. As associações de moradores se organizaram em praças, revelando dimensões novas da cidadania. O feminismo deu os ares de sua graça, como expressão de uma presença distinta da mulher na sociedade. As associações de docentes provocaram transformação na estrutura de poder no interior das universidades. Um surto de associativismo, cultural, ecológico, anti-discriminatório, de luta por direitos dos sem-teto, sem-terra e tantos outros. Enfim, uma onda de novos movimentos da variada natureza que reconfiguraram a morfologia da estrutura social brasileira.

Foi de tal monta o impacto deste conjunto de lutas que, com o esgotamento do regime autoritário, mudou o eixo do debate sobe a questão democrática.  Democracia de massas, democracia direta, democracia de base, leituras diferentes para um mesmo fenômeno: a emergência do que se chamou, na época, de “nova cidadania”. 
A “transição intransitiva” e a “cidadania desencarnada”

O movimento das "Diretas-Já", com suas gigantescas manifestações de massas, apressou a derrocada da ditadura e conduziu o quadro político para um patamar novo.  A emenda das diretas, no entanto, foi derrotada no Congresso. As diretas não foram “já”, assim como a anistia não foi "ampla, geral e irrestrita".  O vetor resultante foi a escolha indireta de Tancredo Neves, que, por sua vez, agonizou e morreu antes da posse. Com isso, a ampla coalizão de veto ao regime militar foi hegemonizada, no governo Sarney, pela Aliança Democrática, no cerne da qual se articulavam os setores mais moderados da oposição e os segmentos recém-descolados do campo ditatorial.

A demanda por democratização substantiva da sociedade não conseguiu se apropriar dos aparelhos políticos do Estado. Com isso, a transição se definiu como "intransitiva" e seu ponto de chegada, remetido para além da linha do horizonte, é uma maratona sem fim. A “nova cidadania”, que foi protagonista de acontecimentos grandiosos, envelhece aos poucos como uma realidade apenas virtual. Opera por surtos, combina fugas, mas não consegue lugar no corpo degradado da política. 

Na greve de junho do ano passado, a presença massiva do povo nas ruas voltou a assustar os “donos do poder”.  A aspiração por mudança, recoloca o debate da política sob o signo da incerteza.  Neste quadro, a data redonda, meio século de uma “viagem redonda”, atualiza a reflexão sobre o conflito entre autoritarismo de matriz oligárquica e presença ativa do povo política. O padrão de mudança que restaura o domínio das oligarquias, que gerou a ditadura e, depois, aprisionou petistas na lógica conservadora, volta a ser reposta como questão essencial pelas demandas do presente. E é, também, uma das razões do retorno apaixonado aos idos de março e aos acontecimentos que marcaram os tempos do “Abaixo a Ditadura!”
Novilhos:
Tiago Rocha             Michel Moreira         Thiago Cristofolini
Thales Platon          Luiza Beck

Lucas Ibelli                 Jullia Pontes
Lucas Marti , Pedro Baldez , João Vítor Martins , Yuri Torres , Thiago Ovalle e Raphael Simões – 3°Rosa Parks

Politica (Ditadura)

João Goulart assumiu a presidência do Brasil em 8 de setembro de 1961.Seu governo preocupava as classes conservadoristas,principalmente os empresários,a igreja e os militares, pois os estudantes e os trabalhadores ganharam espaço. pois os estudantes e os trabalhadores ganharam espaço. As classes ricas do Brasil temiam um governo socialista e organizaram um golpe de Estado.
Os grupos de oposição ao governo de João Goulart criaram partidos políticos para confrontar as propostas de Jango. Estes partidos eram: o Partido Social Democrático (PSD)e a União Democrática Nacional (UDN), que declararam oposição ao governo e acusavam João Goulart pela desestabilização da economia do Brasil. Em 19 de março, a oposição organizou uma manifestação contra as propostas de João Goulart.
Em 1 de abril de 1964 a oposição mandou seus exércitos de Minas Gerais e São Paulo para confrontar com João Goulart. Para evitar uma possível guerra civil, Jango refugiou-se no Uruguai, deixando o poder do Brasil nas mãos dos militares. Em 9 de abril de 1964, foi lançado à população o AI1, que suspendia por dez anos os direitos políticos de pessoas que eram vistas como opositoras da ditadura militar.
O Castello Branco,primeiro presidente da ditadura militar eleito pelo congresso nacional em 15 de abril de 1964. Ele proibiu os movimentos de greve  e impôs uma nova Constituição .
Em 15 de março de 1967, o general Arthur Costa e Silva assumiu a presidência do Brasil. O governo de Costa e Silva foi marcado por grandes manifestações sociais da população contra a ditadura militar. A oportunidade do habeas-corpus foi repreendida e a atividade militar intensificada.
Em agosto de 1969, Costa e Silva sofreu um AVC, e a Junta Militar do Brasil composta por Aurélio de Lira Tavares, Augusto Rademaker e Márcio de Sousa e Melo assumiu o poder. A ditadura militar decreta a Lei de Segurança Nacional. Nesta lei, os opositores à Ditadura Militar no Brasil eram condenados ao exílio e pena de morte.
O general Emílio Garrastazu Medici é eleito o novo presidente do Brasil .Os jornais, livros, revistas, filmes, músicas, peças de teatro e qualquer outra forma artística são censurados.
Em 1974, o Brasil começa um processo lento, de redemocratização. Geisel reinstaura o habeas-corpus, cessa com o Ato Institucional, e abre caminhos para a democracia para a população brasileira.
 A redemocratização do Brasil começa a entrar em vigor em 1978. O general João Baptista Figueiredo decreta a “Lei da Anistia” que concedia o direito de retorno ao Brasil dos políticos e brasileiros exilados, e liberava novamente expressões artísticas e de mídia. São criados partidos como o PT (Partido dos Trabalhadores) e o Partido Democrático Trabalhista (PDS).
Nos últimos anos da Ditadura Militar no Brasil, a oposição começa a ganhar força. A inflação e a dívida externa do Brasil são muito elevadas, e os candidatos opositores da Ditadura Militar foram fortificados. Em 1984, ocorre o mais importante movimento de democratização do Brasil, as “Diretas Já”, movimento destinado às eleições diretas da população para presidente do Brasil. Em janeiro de 1985, Tancredo Neves é eleito novo presidente do Brasil, que fazia parte da Aliança Democrática (PMDB e Frente Liberal). Tancredo morre antes de assumir a presidência, e o vice-presidente José Sarney sobe ao poder. Em 1988 é publicada a nova constituição do Brasil, a Constituição de 1988. Ela eliminou todos os princípios da Ditadura Militar do Brasil e promulgou a democracia.


Por Yuri Torres
Lucas Marti , Pedro Baldez , João Vítor Martins , Yuri Torres , Thiago Ovalle e Raphael Simões – 3°Rosa Parks

População antes e depois do período da ditadura militar

A população brasileira no período pré-ditadura é uma população completamente diferente em relação a população pós-ditadura . Principalmente pelo aspecto econômico e quanto a distribuição de renda , marcado também pela divida econômica gigantesca deixada pela ditadura .

O cenário brasileiro antes do golpe parecia promissor ; Jango e suas ‘reformas de base’ prometiam inserir o Brasil no contexto europeu , o que  fez com que surgisse um caráter nacionalista e popular na sociedade brasileira . Porém o cenário mundial era coadjuvante para que tudo isso não acontecesse ;com a Revolução Cubana , o Estados Unidos deu início a ‘operação Brother Sam’, o que mais tarde resultaria no golpe militar brasileiro.Foi então que se modelou uma nova sociedade , construída pela repressão e por outras tecnologias de poder .

A ditadura foi marcada também por empobrecer os camponeses e enriquecer o produtores . Dados fundamentados indicam que em 1964 , 20% dos mais ricos detinham apenas 55% da riqueza do país , enquanto em 1985 , passaram a ter 70%. Vejamos também que o trabalhador brasileiro passou a precisar ampliar sua carga horária para comprar a mesma cesta básica : de 98 horas para mais de 172 horas. Tudo isso de fato marcou a sociedade brasileira pós-ditadura como frágil e desigual ,mas é importante destacar que com o fim do período da ditadura o Brasil voltou a respirar ares mais democráticos (EX. fim do AI-5 , restauração do habeas-corpus e volta do sistema pluripartidário).


por Lucas Marti
Lucas Marti , Pedro Baldez , João Vítor Martins , Yuri Torres , Thiago Ovalle e Raphael Simões – 3°Rosa Parks

Economia brasileira durante o período da ditadura

O período da Ditadura Militar não ficou conhecido só como um período de repressão. A economia brasileira cresceu muito ficando conhecido como o Milagre Econômico Brasileiro.
Os militares criaram o Programa de Ação Econômica do Governo (PAEG),que tinha como objetivos combater a inflação e realizar reformas estruturais, que permitissem o crescimento. O PAEG estimulou muito a economia e graças a estabilidade política, os recursos estrangeiros voltaram ao Brasil.
Mas esse crescimento não gerou só aspectos positivos, a dívida externa era grande e havia grande inflação. E embora a economia tenha crescido,não houve distribuição de renda, gerando grande desigualdade. 

Nos gráficos, estão indicadas mudanças que afetaram o sociedade brasileira em um período que inclui os Governos Militares (1964-1985) e o restabelecimento do regime democrático de 1985 aos dias de hoje.
Podemos concluir que o Milagre Econômico teve aspectos positivos e negativos no Brasil
Positivos:
- Crescimento do PIB;
- Melhorais significativas na infraestrutura do país;
- Aumento do nível de emprego proporcionado, principalmente, pelos investimentos nos setores de infraestrutura e indústria.
- Significativo desenvolvimento industrial.
Negativos:
-Inflação elevada
- Aumento da dívida externa.
- Não houve distribuição de renda, gerando muita desigualdade.


O crescimento econômico só foi diminuir a partir de 1974, com a crise mundial provocada pelo choque do petróleo, onde o preço do petróleo aumentou muito desestabilizando a economia não só do Brasil.

por Pedro Baldez

sexta-feira, 6 de junho de 2014

As grandes obras do período militar

As grandes obras do período militar

Durante o período militar, foram realizadas grandes obras de infraestrutura no Brasil. Incentivadas pelo Plano Nacional de Desenvolvimento (PND), que previa a ampla industrialização nacional, e futuramente ajudou a enfrentar a nova realidade mundial com o choque do petróleo.
Iniciando com a construção da ponte Rio-Niterói a mais longa ponte do hemisfério sul, e a 13ª  no mundo, concluída no ano de 1969, 5 anos após a tomada do poder. A era das grandes obras no brasil, obras conhecidas como faraônicas pela grandiosidade. Obras essas financiadas com capital estrangeiro causaram também grande dívida externa.


A grande hidrelétrica de Itaipu, maior geradora de energia do mundo, à frente  da chinesa Três Gargantas, por exemplo, terá seu financiamento concluído apenas em 2023. Os militares levantaram grandes hidrelétrica além de Itaipu, como Tucuruí, Ilha Solteira e Jupiá.


Hidrelétrica de Itaipu


Em 1967, foi iniciado  o projeto de construção dos polos nucleares de Angra 1, 2 e 3. Diversificando a matriz energética. Angra 3 só foi concluída em 2008 com o custo de R$10 bilhões. As usinas nucleares ainda contam com a tecnologia implantada na década de 80.


A rodovia Transamazônica tem 4 223 km e foi feita para levar 4 milhões de nordestinos que sofriam com o flagelo da seca a ocupar áreas pouco povoadas do Norte do país. O presidente Médici, em 1974, cunhou até uma frase de efeito para a missão da estrada: “Levar homens sem terra para uma terra sem homens”. Os danos ecológicos e sociais foram incalculáveis, grandes obras geram grandes danos por mais estudados e prevenidos que sejam. A rodovia atravessa sete estados, três ecossistemas (caatinga, cerrado e floresta) e custou a vida de 8 mil índios, segundo a Comissão Nacional da Verdade (CNV). Junto com a estrada também vieram as disputas agrárias e ciclos econômicos de exploração irracional de recursos naturais. Sem um estudo de viabilidade econômica, a maioria dos colonos desistiu de se fixar na região. “A Transamazônica foi um erro produzido pela ignorância de imaginar que a Amazônia fosse um território rico”, diz Delfim Netto. O projeto original previa a fronteira com o Peru como ponto final. O último trecho nunca foi construído. E atualmente a rodovia está em condições precárias e é pouco utilizada. Para Marcos Napolitano, “a propaganda para legitimar essas obras era eficiente, mas nunca houve preocupação ecológica nem com condições de trabalho. As decisões eram pouco transparentes e tomadas pelos conselhos de Estado, a população só era informada”. O ex-ministro Delfim Netto discorda do acadêmico em alguns pontos. “Nunca houve intervenção militar na administração pública, que era totalmente civil.”

Rodovia transamazônica atualmente.


Em 1979, começou a implantação das redes de metrô nas grandes capitais e ampliação da malha rodoviária asfaltada de 3 mil para 45 mil quilômetros. Além da ampliação da capacidade da indústria siderúrgica com o projeto Grande Carajás.
O governo militar também fez obras de incentivo ao esporte, como a construção de vários estádio de futebol como o Estádio Gov. Plácido Castelo (Castelão) – CE e Estádio Mané Garrincha – DF, no total foram construídos 13 estádios de futebol durante o período.

Estádio rei Pelé –inaugurado em 1970


O fim da construção das grandes obras se deu nos anos 80 pela escassez de recursos, estagnação econômica gerando a paralisação de obras.

Novilhos:
Tiago Rocha  
Thales Platon 
Lucas Ibelli 
Michel Moreira 
Luiza Beck 
Jullia Pontes 
Thiago Cristofolini 

quarta-feira, 4 de junho de 2014

Generosidade - O Pequeno Tratado das Grandes Virtudes

Grupo: Bruna Borlenghi, Julia Pancotti, Katharine Prytulak, Larissa Miki, Luiza Beck, Luiza Secco, Mariana Holz e Paula Berlim

http://youtu.be/gVHLVvn53tY

terça-feira, 3 de junho de 2014

Justiça - O Contra-Ataque Dos Cidadãos De Bem

justiça - o contra-ataque dos cidadãos de bem


Trabalho Filosofia - Misericórdia 2º Bimestre




Grupo: Fernanda Sanz, Gabriela Zapparoli, Gabriel Pestana, Helena Bernardes, Isabela Messias, Jéssika Fortes, Marcella Tavares e Victoria Naef

segunda-feira, 2 de junho de 2014

A ditadura militar e suas consequências

                     Quando o golpe aconteceu, a maioria das pessoas acreditava que aquela situação seria passageira. Assim, quando a população acordou os militares já estavam no poder e criando os Atos Institucionais. Com esses Atos chegaram também às perseguições e torturas. Todos eles afetaram a população brasileira, porém o AI-5 foi o mais desumano deixando sequelas físicas e psicológicas na sociedade. Houve repressão policial, exílios políticos, estabelecimento de legislação autoritária, com supressão dos direitos civis, uso da máquina estatal em favor da propaganda institucional e política, manipulação da opinião pública através de institutos de propaganda governamental e empresas privadas que se beneficiaram do golpe, tais como a Rede Globo que, com o apoio do governo, tornou-se uma emissora nacional e fazia a livre propaganda da ditadura militar, enfatizando o avanço econômico. 
            Em 1984, políticos de oposição, artistas, jogadores de futebol e milhares de brasileiros participaram do movimento das Diretas Já, que foi um movimento civil de reivindicação por eleições presidenciais diretas no Brasil ocorrido em 1983-1984, uma possibilidade de eleições para a Presidência da Republica no Brasil se concretizava com a votação proposta da Emenda Constitucional Dante de Oliveira pelo Congresso. Entretanto, a proposta foi rejeitada, frustrando a população. Ainda assim, esse movimento conquistou uma vitória parcial quando Tancredo Neves, que fazia parte da Aliança Democrática (grupo de oposição formado pelo PMDB e pela Frente Liberal), foi eleito presidente pelo Colégio Eleitoral.  Era o fim do regime militar. Porém Tancredo Neves fica doente antes de assumir e acaba falecendo. Assume o vice-presidente José Sarney. Em 1988 é aprovada uma nova constituição para o Brasil. A Constituição de 1988 estabeleceu princípios democráticos no país. 
Já se passaram 29 anos desde o final da Ditadura, porém até hoje ainda existe consequências, tais como: A institucionalização da tortura e das violações dos Direitos Humanos; Corrupção generalizada; Incompetência e ineficiência administrativa (nunca conseguiram terminar obras como o Projeto Nuclear, a Ferrovia do Aço e a Transamazônica); Aumento brutal da concentração de renda e das desigualdades sociais; Processo de urbanização caótico e desorganizado, gerando metrópoles que massacram os seus habitantes, sem nenhuma qualidade de vida; Criminalização e repressão indiscriminada contra os movimentos sociais que lutavam por um país mais justo; Aumento da Dívida Externa e da dependência do país em relação ao capital externo; Arrocho salarial, que resultou numa diminuição de 45% no poder da compra do salário mínimo e torturas, assassinatos e desaparecimento de milhares de pessoas, incluindo operários, camponeses, intelectuais, estudantes, que até hoje suas famílias não se sabem o motivo.
Os presidentes que vieram após a ditadura foram um professor exilado depois do golpe, Fernando Henrique Cardoso, um líder operário preso na ditadura, Luiz Inácio Lula da Silva e uma ex-guerrilheira presa e tortura, Dilma Rousseff. Com a chegada dessas pessoas ao poder demonstra que a transição do país para democracia foi bem sucedida, porém foi incapaz de pacificar as controvérsias provocadas pelo golpe e pela ditadura.
                        Os crimes ocorridos nessa época são tratados até hoje como tabu nas Forças Armadas. O governo dos generais modernizou a economia e teve apoio popular nos seus primeiros anos, mas muita gente aceita, mesmo não gostando, a ideia de que isso tenha ocorrido. Meio século depois, a memória desse tempo ainda incomoda o país.

Fontes:


 Gabriel Pestana, Helena Bernardes, Isabela Messias, Jessika Fortes, Marcella Tavares e Victória Naef.

domingo, 1 de junho de 2014

Exercícios de química

Exercício sobre curvas de solubilidade

1) Para 110 g de KCl e 200 g de água, a 60 ºC, qual a massa de sal que não pode ser solubilizada? Em que temperatura obtêm-se uma mistura saturada? 
Resposta: Contando que em 100g de água, a 60 ºC, podemos dissolver 45 g de KCl,  em 200 g de água, é possível solubilizar 90 g do sal. Portanto, 20 g não poderão ser dissolvidos. Para que se obtenha uma solução saturada é necessário uma temperatura de aproximadamente 90 ºC. 

2) A partir do gráfico, os alunos do colégio Universitas fizeram as seguintes observações:
I - A 90 ºC, 150 g de NaNO3 estão completamente dissolvidos em 100 g de água.  
II - 56 g de KCl são solúveis em 100 g de água, a 100 ºC.
III - Ce2(SO4)3 é menos solúvel que KClO3 em 200 g de água, a 15 Cº.
IV - Adicionando 300 g de KI, em 200 g de água, a 20 ºC, teremos uma solução saturada com precipitado. 
Com base nessas afirmações podemos dizer que a(s) incorreta(s) é(são):
  1. I e II.
  2. Apenas IV.
  3. II e III.
  4. Apenas III.
  5. I, III e IV.
 Resposta: D, pois mesmo o Ce2(SO4)3 sendo um sal que apresenta solubilidade inversamente proporcional a temperatura, ou seja, uma dissolução exotémica, diferentemente dos outros sais do gráfico, ele ainda é mais solúvel a 15 ºC do que o KClO3.
Nota: o valor da quantidade de KCl na segunda afirmação é aproximado. 

3) Considere uma solução de 100 g de NaNO3 para 100 g de H2O. A 30 ºC, a solução apresentada é:  
a) Saturada, com 15 g de precipitado.
b) Sarurada, com 5 g de precipitado.
c) Insaturada, podendo ainda ser acrescentado mais 5 g de sal para o limite de solubilidade.
d) Saturada, com 25 g de precipitado.
e) Insaturada, podendo ainda ser acrescentado mais 15 g de sal para o limite de solubilidade.
Resposta: B pois a 30 ºC só pode ser dissolvido 95 g de NaNO3 e, portanto, se colocado 100 g, 5 g não serão dissolvidos. 

Exercícios sobre a tabela de constantes de solubilidade

4) Calcule a solubilidade do iodeto de prata (Agl) a 25°C, sabendo que nessa temperatura seu Ks = 8,3 x 10ˆ-17.
Resposta:
Ks = [Ag+] x [L-]
8,3 x 10ˆ-17 = xˆ2
√83 x 10ˆ-18 = x
9,1 x 10ˆ-9 = x  
Nota: A proporção de Ag e L é de 1 pra 1.

5) A 25 ºC, o produto de solubilidade do Cloreto de Prata é 1,7x10ˆ-10, qual a solubilidade em água nessa mesma temperatura? 
Resposta: 
Ks = [Ag+].[Cl-]
1,7x10ˆ-10 = x.x
1,7x10ˆ-10 = x²
1,3x10ˆ-5 = x

Nota: A proporção de Ag e Cl é de 1 pra 1.



6) Baseado no equilíbrio químico abaixo e com a constante de solubilidade do hidróxido de cálcio, qual a solubilidade molar e a concentração de íons hidroxila presentes na solução?

Resposta:






Grupo: Gabriel Pestana, Isabela Messias, Helena Bernardes, Jessika Fortes, Marcella Tavares e Victoria Naef