segunda-feira, 2 de junho de 2014

A ditadura militar e suas consequências

                     Quando o golpe aconteceu, a maioria das pessoas acreditava que aquela situação seria passageira. Assim, quando a população acordou os militares já estavam no poder e criando os Atos Institucionais. Com esses Atos chegaram também às perseguições e torturas. Todos eles afetaram a população brasileira, porém o AI-5 foi o mais desumano deixando sequelas físicas e psicológicas na sociedade. Houve repressão policial, exílios políticos, estabelecimento de legislação autoritária, com supressão dos direitos civis, uso da máquina estatal em favor da propaganda institucional e política, manipulação da opinião pública através de institutos de propaganda governamental e empresas privadas que se beneficiaram do golpe, tais como a Rede Globo que, com o apoio do governo, tornou-se uma emissora nacional e fazia a livre propaganda da ditadura militar, enfatizando o avanço econômico. 
            Em 1984, políticos de oposição, artistas, jogadores de futebol e milhares de brasileiros participaram do movimento das Diretas Já, que foi um movimento civil de reivindicação por eleições presidenciais diretas no Brasil ocorrido em 1983-1984, uma possibilidade de eleições para a Presidência da Republica no Brasil se concretizava com a votação proposta da Emenda Constitucional Dante de Oliveira pelo Congresso. Entretanto, a proposta foi rejeitada, frustrando a população. Ainda assim, esse movimento conquistou uma vitória parcial quando Tancredo Neves, que fazia parte da Aliança Democrática (grupo de oposição formado pelo PMDB e pela Frente Liberal), foi eleito presidente pelo Colégio Eleitoral.  Era o fim do regime militar. Porém Tancredo Neves fica doente antes de assumir e acaba falecendo. Assume o vice-presidente José Sarney. Em 1988 é aprovada uma nova constituição para o Brasil. A Constituição de 1988 estabeleceu princípios democráticos no país. 
Já se passaram 29 anos desde o final da Ditadura, porém até hoje ainda existe consequências, tais como: A institucionalização da tortura e das violações dos Direitos Humanos; Corrupção generalizada; Incompetência e ineficiência administrativa (nunca conseguiram terminar obras como o Projeto Nuclear, a Ferrovia do Aço e a Transamazônica); Aumento brutal da concentração de renda e das desigualdades sociais; Processo de urbanização caótico e desorganizado, gerando metrópoles que massacram os seus habitantes, sem nenhuma qualidade de vida; Criminalização e repressão indiscriminada contra os movimentos sociais que lutavam por um país mais justo; Aumento da Dívida Externa e da dependência do país em relação ao capital externo; Arrocho salarial, que resultou numa diminuição de 45% no poder da compra do salário mínimo e torturas, assassinatos e desaparecimento de milhares de pessoas, incluindo operários, camponeses, intelectuais, estudantes, que até hoje suas famílias não se sabem o motivo.
Os presidentes que vieram após a ditadura foram um professor exilado depois do golpe, Fernando Henrique Cardoso, um líder operário preso na ditadura, Luiz Inácio Lula da Silva e uma ex-guerrilheira presa e tortura, Dilma Rousseff. Com a chegada dessas pessoas ao poder demonstra que a transição do país para democracia foi bem sucedida, porém foi incapaz de pacificar as controvérsias provocadas pelo golpe e pela ditadura.
                        Os crimes ocorridos nessa época são tratados até hoje como tabu nas Forças Armadas. O governo dos generais modernizou a economia e teve apoio popular nos seus primeiros anos, mas muita gente aceita, mesmo não gostando, a ideia de que isso tenha ocorrido. Meio século depois, a memória desse tempo ainda incomoda o país.

Fontes:


 Gabriel Pestana, Helena Bernardes, Isabela Messias, Jessika Fortes, Marcella Tavares e Victória Naef.

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