A Comissão da Verdade foi criada com o objetivo de averiguar
as violações de direitos humanos ocorridos entre 18 de setembro de 1946 a 5 de
outubro de 1998 executados por agentes públicos. Formada por sete membros, quatorze
assessores e ampla equipe de pesquisadores, a comissão deverá entregar seu
relatório em maio de 2014. Apesar de verificar e investigar as violações, não
terá o poder de julgamento ou punição.
O documentário Verdade 12.528 é uma contribuição para o
debate da lei que instituiu a Comissão Nacional da Verdade. O documentário
busca resgatar e reconstituir a memória, procurando conscientizar e informar a
população através de uma ponte estabelecida com o presente. Foram o total de 40
entrevistados e 27 deles foram relatados no documentário, são histórias e entrevistas
de pessoas que sofrerão repressão e que, diretamente ou indiretamente, são
afetadas até os dias atuais.
Segundo Robles, a ideia do documentário nasceu após ele
e Paula perceberem que há um grande desconhecimento em relação ao período da
ditadura militar no Brasil. “Inicialmente queríamos fazer um filme de 5
minutos para a internet, para informar os jovens sobre os fatos que
marcaram aquele momento histórico, mas nos deparamos com um material riquíssimo
e optamos por um filme maior”, diz.
Para Paula, a impunidade dá carta branca aos crimes que
até hoje continuam acontecendo. "Se você for pensar no Amarildo que sumiu,
entrou no carro da UPP, ele é igual a um desaparecido político da
ditadura. 'Cadê o Amarildo?' é 'Cadê o Rubens Paiva?', um deputado que em 1971
foi se apresentar no Doi-codi do Rio de Janeiro para prestar depoimento e nunca
mais foi visto, não sabem onde está o corpo até hoje. Então assim, que
democracia é essa que a gente vive que esses crimes continuam
praticados?", finaliza.
Muito se diz para virar essa página, mas para vira-la é preciso ler. É preciso ler sobre os crimes cometidos na ditadura para sermos uma melhor democracia.
Sete Tons de Rosa: Alana
Rhenns, Bárbara Gonzalez, Fernanda
Sanz, Gabriela Zapparoli, Katharine Prytulak, Luiza Secco, Thaís Barros.
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