domingo, 11 de maio de 2014

A Censura Durante a Ditadura Militar no Brasil

A CENSURA DURANTE A DITADURA MILITAR NO BRASIL


        Durante o período da ditadura militar no brasil, a repressão estava muito presente e era exercida de diversos modos. Entre eles, o que mais se destacou foi a censura aos meios de comunicação e à indústria cultural, tais como a editoração de livros e revistas, produções cinematográficas e teatrais, composição de músicas, que chegavam a ser censuradas apenas pelo nome escolhido pelo compositor, e até a programação televisiva.  A repressão e a censura se intensificaram após a publicação do Ato institucional n°5 (AI-5). Nesse período foi criado um Conselho Superior de Censura, seguido por tribunais de censura para julgar os órgãos de comunicação que fossem contra as regras e fechá-los imediatamente.  
            No jornalismo, o critério de avaliação do conteúdo das matérias utilizado para censurá-las era de caráter político. Um exemplo foram os jornais que, logo após a deposição do presidente João Goulart, foram depredados, alguns por serem ligados ao ex-presidente e outros por serem esquerdistas, como "Politika", "Folha da Semana" e "O Semanário". Isso também ocorreu com um dos grandes jornais da época, chamado "Última Hora", por simpatizar com o presidente deposto. O "Correio da Manhã" também não sobreviveu à ditadura: teve sua sede invadida e interditada e sua proprietária presa, pois era um grande opositor ao governo. 
            Agora, com relação aos meios artísticos e aos espetáculos, que, por sinal, foram os de mais destaque no que se diz respeito às criticas ao regime, a censura serviu-se principalmente de critérios morais. Isso ocorria pois, como a situação econômica melhorou muito durante esse período, o governo tinha boa parte do povo, que não (ou pouco) sabia das torturas e de toda a violência e desaparecimentos que havia na época, de certa forma, "a favor" deles. E as críticas presentes em músicas, como neste trecho da canção "Acorda, Amor" (também conhecida como "Chame o Ladrão"), de Chico Buarque de Holanda: "Acorda, amor/Eu tive um pesadelo agora,/Sonhei que tinha gente lá fora,/Batendo no portão, que aflição!", segundo os militares, eram consideradas ofensivas às leis, à moral e aos costumes. 
         Mas a censura também era exercida informalmente, por meio de telefonemas e dos chamados "bilhetinhos", que eram comunicados por escrito que proibiam a publicação de determinados assuntos. Também eram utilizadas pressões econômicas, que se davam pela retirada da publicidade de empresas estatais e órgãos que o contrariavam. 
            Documentos de indivíduos que foram abocados pela ditadura militar ainda constam no Departamento de Ordem Política e social (DOPS), que compunha uma organização unificada contra os chamados inimigos do poder, e atuava fichando as pessoas suspeitas de terem ideais contrários aos do governo da época (tidos como comunistas), e que aplicava as sanções consideradas cabíveis, como as torturas. 

Bibliografia texto:

http://www.historiabrasileira.com/brasil-republica/censura-no-regime-militar/
http://educacao.uol.com.br/disciplinas/historia-brasil/censura-o-regime-militar-e-a-liberdade-de-expressao.htm
http://www.memoriasreveladas.arquivonacional.gov.br/campanha/censura-nas-manifestacoes-artisticas/
http://www.historiadobrasil.net/ditadura/

Bibliografia imagem:
http://www.historiabrasileira.com/brasil-republica/censura-no-regime-militar/

  

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