quinta-feira, 8 de maio de 2014

Qual é a história do Brasil?


Desde 1500 o Brasil faz parte da história do mundo, mas, será que nós sabemos toda a nossa história? O que há por traz de um país que tenta eliminar os acontecimentos dos anos 1964 até 1985? O que aconteceu durante a ditadura militar no Brasil?
O documentário “Verdade 12528” de Paula Sacchetta e Peu Robles, procura descobrir a verdade sobre esses “anos perdidos” da história brasileira durante o regime militar. E ao assistirmos o documentário, várias questões vieram as nossas mentes.
Até a exibição do documentário, não tínhamos qualquer conhecimento sobre a Comissão Nacional da Verdade (CNV). Cremos portanto que muitos brasileiros também não sabem o que significa a lei de nº 12528/2011 (que dá nome ao documentário), que foi instituída em maio de 2012. Segundo o site oficial da CNV, sua função é: “Apurar graves violações de Direitos Humanos ocorridas entre 18 de setembro de 1946 e 5 de outubro de 1988”. Mas, como isso é possível se torturadores e assassinos do período estão também protegidos por uma lei (Lei de nº 6683 que “concede a anistia e dá outras providências” aos militares, e portanto, aos crimes do período ditatorial)?
Existe uma contradição na tentativa de fazer jus as vítimas da ditadura. Na época, o governo aprovou, entre muitos, o Ato Institucional de nº5 (AI-5) que retirava o direito ao habeas corpus dos cidadãos levados pelos militares para dar supostos depoimentos. Muitos deles jamais voltaram para casa. Para esses não houve o direito à defesa. Então por que hoje existe uma Comissão da Verdade, se estes mesmos torturadores tem o direito ao silêncio, à defesa e seus crimes estão totalmente impunes?
Não é possível imaginar o que as famílias que ainda não tiveram os corpos de seus parentes velados, sofrem até hoje. O que a Comissão Nacional da Verdade significa para eles? Será que as pessoas acreditam nela? Talvez, as respostas não sejam simples, mas, é fato que a CNV, para muitos, veio tarde. O Brasil tem uma dívida com a população, que só será paga, talvez, quando todos os crimes do período militar forem analisados e julgados.
Toda essa história precisa ser contada em defesa da democracia, para que jamais se repitam tais fatos, e principalmente, para que a impunidade dos crimes militares não virem exemplo para motivar os crimes que a Polícia Militar comete hoje, com a certeza também da impunidade, herança da ditadura. 
Queremos um Brasil onde a justiça seja feita e a verdade exposta, para que a história do nosso país não se escreva mais às sombras de um passado obscuro, sem culpados e sem respostas. 
Grupo: Gabriel Pestana, Helena Bernardes, Isabela Messias, Jéssika Fortes, Marcella Tavares e Victoria Naef. 

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