quinta-feira, 8 de maio de 2014

Verdade 12.528

                A Comissão da Verdade foi criada com o objetivo de averiguar as violações de direitos humanos ocorridos entre 18 de setembro de 1946 a 5 de outubro de 1998 executados por agentes públicos. Formada por sete membros, quatorze assessores e ampla equipe de pesquisadores, a comissão deverá entregar seu relatório em maio de 2014. Apesar de verificar e investigar as violações, não terá o poder de julgamento ou punição.
                O documentário Verdade 12.528 é uma contribuição para o debate da lei que instituiu a Comissão Nacional da Verdade. O documentário busca resgatar e reconstituir a memória, procurando conscientizar e informar a população através de uma ponte estabelecida com o presente. Foram o total de 40 entrevistados e 27 deles foram relatados no documentário, são histórias e entrevistas de pessoas que sofrerão repressão e que, diretamente ou indiretamente, são afetadas até os dias atuais.
                 Segundo Robles, a ideia do documentário nasceu após ele e Paula perceberem que há um grande desconhecimento em relação ao período da ditadura militar no Brasil. “Inicialmente queríamos fazer um filme de 5 minutos para a internet, para informar os jovens sobre os fatos que marcaram aquele momento histórico, mas nos deparamos com um material riquíssimo e optamos por um filme maior”, diz.

                Para Paula, a impunidade dá carta branca aos crimes que até hoje continuam acontecendo. "Se você for pensar no Amarildo que sumiu, entrou no carro da UPP, ele é igual a um desaparecido político da ditadura. 'Cadê o Amarildo?' é 'Cadê o Rubens Paiva?', um deputado que em 1971 foi se apresentar no Doi-codi do Rio de Janeiro para prestar depoimento e nunca mais foi visto, não sabem onde está o corpo até hoje. Então assim, que democracia é essa que a gente vive que esses crimes continuam praticados?", finaliza.
                   Muito se diz para virar essa página, mas para vira-la é preciso ler. É preciso ler sobre os crimes cometidos na ditadura para sermos uma melhor democracia.



Sete Tons de Rosa: Alana Rhenns, Bárbara Gonzalez,  Fernanda Sanz, Gabriela Zapparoli, Katharine Prytulak, Luiza Secco, Thaís Barros.

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