sexta-feira, 14 de março de 2014

Uma carta destinada ao homem automático

Gabriel Pestana, Helena Bernardes, Isabela Messias, Jessika Fortes, Marcella Tavares, Victória Naef.
11 de março de 2014


Prezado Automático,
  Tempo é uma palavra curiosa. Pode ser bom ou ruim, indicar pressa ou tempo livre. Dizer que estamos com falta ou até raramente com sobra dele.
  Atrevo-me então a perguntar quanto tempo você tem? Ou melhor ainda, o que você anda fazendo com o “seu" tempo? Se a sua resposta foi pouco ou nenhum, e que você gasta-o inteiramente com trabalho, alguma coisa está errada. Não devemos ser controlados pelo tempo mas sim controlá-lo a nosso favor. A triste verdade é que de fato somos dominados por ele.
  A rotina é o monstro que nos consome. Já está tão inserida no sistema que não percebemos mais sua presença, nem reconhecemos nossas vidas fora de tais padrões. São regras, códigos, leis... Tudo é complicado. Fica mais difícil a cada dia resistir ao impulso de se deixar levar pelo destino ou pelas vontades e, dia após dia, o desejo de viver e não apenas existir. Porém o controle da sociedade simplesmente não nos permite essas mudanças radicais.
  Se você não parar e pensar em quem você é e, principalmente, em quem quer ser e onde quer estar no futuro, o sistema, que está em constante movimento, vai te empurrar e te arrastar para o "modo automático”, até que você não reconheça mais sua própria identidade ou não perceba o porque faz isso ou aquilo.
  Acorde! Use os olhos, veja e entenda que você vive num mundo sistemático, mas não precisa se render. Fazer parte dele é uma escolha sua. Ninguém disse que será fácil viver sem as inúmeras regras de comportamento social, mas é prazeroso descobrir tudo o que era deixado de lado para cumprir horários, conseguir entregar trabalhos, atender as normas de etiqueta e do bom cidadão perante a comunidade… Uma vida não pode se resumir somente a isso.
  Pense mais e fale menos. Escute mais e se preocupe menos. Temos sempre a sensação de que algo vai dar errado se deixarmos a rotina de lado por alguns minutos, mas posso lhe contar um segredo? Não vai. A sua vida vai melhorar e você perceberá o grande tempo que perdeu sendo dominado.
  Meu conselho portanto é que você seja mais humano e menos automático. Para isso escrevo essa carta, a fim de lhe ajudar a encontrar uma forma a fugir dessa loucura que chamamos de vida.
Obrigada.

1 comentários:

Zé Augusto Aguiar disse...

Poderosa carta para acordar os homens que viraram meros robôs cotidianos, boa, moçada, abs!

Postar um comentário